segunda-feira, 3 de maio de 2010

paixões incertas, amizades desconhecidas, internet

A maioria de nós, os adolescentes hoje em dia, sabe muito bem o que é a internet e se vira muito bem nela. Mas nem tudo foi assim antes, bom, pelo menos comigo. Tudo começou...

2005: O primeiro contato

Eu lembro que ir à lan house com a minha irmã era um passatempo super legal, e eu a perturbava para me levar junto para jogar. Depois de algumas idas a lan, foi quando eu criei meu primeiro Orkut (eu perturbei minha irmã para ela me enviar aquela porcaria de convite). Tudo era mágico, a experiência de ter uma página em um site de relacionamento era emocionante. Principalmente em um site em que a conta para crianças era proibida, e eu na época tinha 10 anos. Ficava catando milho/letra no teclado, e que minha foto do perfil era a gata Marie. E meu rol de amigos ainda era bem pequeno, lá na época que só podia ser postado 12 fotos. Eu falava o miguxês/capenguês e eu me sentia a importante porque eu tinha um Orkut.

Criei um MSN, e minha lista de contatos era mais curta do que a do orkut: eu tinha três pessoas no MSN e ficava ansiosamente esperando elas entrarem, mas quase nunca entravam, ou então, eu não tinha assunto. E eu ficava que nem uma boba na lan house esperando alguém entrar para poder me sentir um pouco mais feliz (enquanto só gastava dinheiro, sem fazer nada!) (estilo: criança feliz)

2007: libertando-se

No inicio de 2007, meu pai comprou o meu primeiro e único computador, e eu passei a conhecer a lerdeza da internet discada dos fins de semana. E eu continuava com a foto da Marie ou outras coisas como avatar. Em 2007 também foi à primeira vez que eu coloquei a minha primeira foto minha no perfil do Orkut, depois do casamento da minha irmã, e desde aquele dia, eu comecei a abrir realmente os olhos para o mundo da internet e das fotografias. Renovei o álbum do meu Orkut, mudei meu nome que antes era Layla Cristine e passei a adotar: ‘Layla Max’ (Max é o sobrenome do meu pai), e passei a me tornar mais fotogênica a cada dia (assim eu acho). Deixei de falar o miguxês, mas ainda continuava um pouco atrapalhada, ainda desconhecia o editor de imagens. (estilo: pagodeira)

2008: fake

No ano de 2008 eu comecei a ficar mais viciada na net por um motivo: O fake. A maioria das pessoas já ouviu falar no movimento fake. Na verdade, foi minha amiga que me apresentou o fake, que pra mim era o que eu chamava de ‘pessoas não-reais’. Eu na época só tinha a internet nos fins de semana, onde eu brigava com a minha irmã para poder entrar na internet. Deixei o meu msn de lado, e só ficava no fake, eu esqueci completamente da minha vida para adotar um personagem que eu amava. No fake, eu conheci amigos, fiz amigos e me apaixonei por alguém que eu nunca conheci. Na época tudo era fantástico, e eu dizia que o amava, e eu realmente o amava. O meu pobre coração inocente estava amando alguém que eu nunca conheci. (não deu certo, e eu deixei de amá-lo).

Meu pai colocou internet durante a semana, e passei a viciar de vez no fake, todos os dias, assim que chegava da escola, estava eu online conversando com o pessoal. Deixei de estudar para provas, não saia de casa, passava todo o tempo livre no computador. (as notas baixas das provas explicam a minha dificuldade em algumas matérias). E se alguém perguntava se eu tinha fake, a resposta era: “Eu tenho sim, e daí?” era o meu passa tempo preferido de todos os dias pelo resto do ano.

No mesmo ano, eu me chateei profundamente com a mesma amiga que me apresentou o fake. Brigamos feio, trocamos ofensas, enfim, o nível de inimizade subiu e deixamos de nos falar, mas sabe aquela amizade que você sente falta? Era a amizade que ela tinha comigo, e o fake nos reaproximou. Ela fez um perfil no fake, virou minha amiga, e depois de um tempo, ela me mandou um lindo depoimento em of que me fez tremer e chorar de soluçar pedindo a minha amizade, e eu a aceitei como amiga novamente.

Fizemos as pazes e o fake continuou em minha vida até inicio do ano passado (estilo: romântica, sonhadora)

2009: ‘Blogueando’ e ‘twittando’

Esse ano foi um dos que eu estive mais vidrada na net, eu passava horas no twitter, conversando com gente que eu não conhecia. Foi também o ano que eu mais estive ativa no blog, que até então era horrível, só minhas amigas liam, e não participava de nenhum projeto ou coisa do tipo, ficava escrevendo sobre o NADA como o nada pode ser tão entediante. Lembro que eu ficava na sala de informática da escola escrevendo e recebendo cantadas enquanto minhas amigas eram o vaso de flor e a velinha. Eu era uma idiota bjs (estilo: garota feliz, idiota, indecisa)

2010: E a vida continua

Esse ano o meu projeto era me dedicar mais aos estudos, pois ano que vem, eu faço prova para o Enem, e eu tenho alguns professores que me dão medo esse ano (como o Fontenelle), eu pretendia estudar que nem uma alucinada, mas a internet me pegou de jeito, resolvi reativar meu blog. Dessa vez, ele está muito fofo, agora eu tenho sobre o que escrever, tem seguidores, e gosto das abobrinhas que eu escrevo. Mudei mais uma vez meu estilo (estudiosa) passei a observar criticas, ser mais feliz com um tempo, ganhei mais maturidade, aprendia a ser mais feliz com a internet e os amigos que me ajudaram a crescer mesmo aqueles que eu não conhecia. Cresci fisicamente e espiritualmente graças aqueles que me ajudaram a crescer. Valorizei amigos, fui psicóloga, chorei, compartilhei segredos, ganhei amigos, perdi amigos. Enfim, muito obrigado a todos que me ajudaram a crescer, vocês foram muito importantes para mim

A minha vida foi assim, dividida em fases em que todos nós já passamos um dia, bom a maioria das pessoas que eu conheço já passaram por isso. A internet pode ser muito mais do que uma simples ferramenta. Ela une corações mesmo que a distancia seja grande demais, apenas por uma tela de vidro, ela quebra barreiras, distancias preconceitos, une interesses em comum. Enfim, eu ganhei amigos, experiências, amores para toda a minha vida

“Porque com um simples toque, eu alcancei o mundo...”

4 comentários:

Carol Winchester disse...

O fake também marcou muito a minha vida q

Luna disse...

Sempre me mantive fora do fake.

Minha história na internet foi marcado pelos joguinhos na Turma da Mônica, Assustador.com, caras tarados nos chats da UOL, orkuts capengas, tentativas de ser uma Mari Moon...

O que decretou o fim disso tudo foi Neopets. Vício durante dois anos, sem brincadeira, e vida normal depois disso.

Daiana Monteiro disse...

Ameei seu blog flôor
ps: tô seguindo bgs :*

Cristina Moura disse...

tenho vários amigos virtuais, e confesso que ja fui viciada em fake.
muito bom seu texto *-* . seguindo.
http://criistinamoura.blogspot.com/