quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Memories parte 3

Demorei algum tempo até chegar até ao lugar em que dizia o bilhete. Ainda estava confuso e os números continuavam a dançar em minha mente. Não fazia sentido. De onde eles vinham? Tudo estaca confuso em minha cabeça. Talvez o lugar seja a resposta.
Continuei caminhando pelas ruas, com um único jaleco que eu possuía naquele momento para que eu enfrentasse o frio do outono, porém, ele não fazia tanta diferença, mas não desisti. Prossegui, afinal, fazia um bom tempo que eu não praticava exercícios, eu estava sedentário. 
a cada passo que eu me aproximava, me deixava mais ansioso. e enfim, eu estava na esquina. Era o fim do pesadelo que voltou a me atormentar. Parei na porta do edifício, e permaneci ali por um tempo observando. Não havia luzes, muito menos movimentação de pessoas, parecia um cenário de um filme de horror. 
- que péssimo local para se marcar um encontro - resmunguei - então, que comece a festa gatinha! 
Finalmente, adentrei no edifício sombrio. a porta já se encontrava aberta e me deparei com um longo lance de escadas 
-que ótimo, só me faltava essa! - resmunguei mais uma vez, tentando fazer piada da minha própria infelicidade, entretanto falhei me dei por vencido e comecei a subir os degraus, até achar a única porta, que se encontrava escancarada. Havia dois homens altos e fortes, vestindo ternos negros junto a camisas inexplicavelmente brancas e em seus rostos, havia apenas seriedade  e frieza. Eles me encaminharam até o interior da sala, que era sombria e pouco iluminada. Em seu interior apenas havia uma cadeira empoeirada como se estivesse ali ha algum tempo a espera de alguém. Me sentei e fiquei esperando que o show começasse 
- eu estava esperando por você- uma voz ecoou do fim da sala- e, por favor, sem perguntas, odeio que me interrompam 
- quem é você? e o que quer de mim? 
- eu sei de uma coisa que você vai querer saber - dava para ver seu sorriso irônico refletir no vidro embaçado, mas ainda assim, não conseguia ver claramente o seu rosto.
- então o que é que você tem para mim? - levantei e comecei a me aproximar da mesa onde se localizava o misterioso homem, que dava as costas para mim. Ele acenou e um dos homens fez com que eu voltasse ao meu lugar.
- a policia investigou o caso de sua esposa, o massacre dentro da igreja e infelizmente, não descobrimos o assassino. O caso foi arquivado por falta da principal evidencia o corpo de sua esposa. Nós apenas encontramos seu vestido e o feto. Então, eu quero que trabalhe para nós, ou é isso, ou a morte.
Eu o olhei apreensivo, eu havia esquecido... Eu ainda era um condenado, mas isso não me importava, eu queria matar quem a matou. Era o que importava.
- e então, você prefere descobrir quem matou sua esposa e filho, ou prefere morrer na duvida? 
- eu aceito!- afirmei sem pensar duas vezes.
- então você começa amanhã, às oito, com outro caso que estamos quase solucionando.
-sem problemas - respondi com frieza, eu só queria por as mãos nos vigaristas que continuavam a solta estragando mundo 
Essa era a minha vez de brincar. E dessa vez eu tinha as cartas na manga.

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