quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Férias!

Oi diário, ainda é meio estranho escrever aqui. Bom, não estou acostumada a contar toda a minha vida em um diário, e escrever meus sentimentos e acontecimentos do meu dia. Mas, prometo que irei me acostumar.
Ah, Lembra-se do rapaz que eu falei? Aquele da poltrona? Pois é, eu saí algumas vezes com ele. Ele era empresário, rico e muito charmoso. Chegou até a me levar para algumas reuniões. Tinha planos até de me levar para conhecer os pais deles, mas tinha um problema: Ele até podia ser lindo e maravilhoso tudo o que uma mulher deseja e mais um pouco, mas era um chato. Vocês sabem muito bem que eu não procuro um relacionamento sério, apenas diversão. Então, pedi desculpas a ele, e me despedi. Eu quero seguir a minha jornada sozinha daqui pra frente.  
Bom, hoje recebi uma ligação da minha irmã, dizendo que está tudo bem. Eu nem contei a vocês, entretanto eu tenho uma irmã gêmea. Idêntica a mim, o nome dela é Nicole, e eu implorei para que ela se passasse por mim. Tive que subornar também o namorado dela, para que a chamasse de Gabriela e não de Nicole. Não foi fácil convencer a minha irmã a cortar o longo e maravilhoso cabelo que ela tinha, nem mesmo a se passar por mim. Apesar de sermos iguais temos muitas diferenças: ela é mais social, séria e responsável e eu sou mais extrovertida, alegre e sem juízo.  Pode até parecer estranho e vocês devem achar impossível uma mãe não souber reconhecer sua própria filha, porém minha mãe não consegue até hoje distinguir quem é quem. A Nicole já cansou de apanhar por causa das minhas travessuras. E eu sempre levava o mérito quando não tinha feito absolutamente nada por merecer. Acho que a Nicole até hoje tem raiva de mim por eu nunca ter assumido a culpa por determinadas coisas, eu sempre ficava escondida rindo da cara dela. Tadinha...
Esqueci-me de contar a vocês, já estou há uma semana em Paris e nada de espetacular aconteceu. Mas hoje ao andar em uma rua daqui, após longas horas de compras tentando achar um scarpin verde oliva, tentativa sem sucesso, eu achei um lindo objeto. Meus olhos chegaram a brilhar de tanta emoção. Vocês devem se perguntar o que de tão espetacular eu achei, mas eu juro que não foi uma maleta repleta de dinheiro (bem que eu queria). Mas sabe aquela coisa que mesmo sendo simples, faz com que seu coração se encha de alegria, e ele ordena que sua boca expresse isso com o mais lindo sorriso? Assim eu me senti ao ver aquela máscara. Era como se ela fizesse parte de mim. Os mistérios que ela guardaria... A delicadeza de seus traços e enfim, tudo o mais que ela tinha com toda a certeza tinham sido feito com muito cuidado e perfeição. Mas não posso guarda-la pra mim. Ela provavelmente não era um presente que alguém tinha deixado no meio do caminho para mim. Acabo de ver que tem um endereço... Tenho que ir agora, sinto que essa máscara pertence a alguém que precise muito dela.
Até mais, beijos. 

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