domingo, 30 de maio de 2010

antigos costumes


Todos têm um passado obscuro, apesar de hoje algumas pessoas se enquadrarem em determinados padrões impostos pela sociedade e pela moda, nem sempre todos seguiram o que a mídia dizia o que é certo ou errado, ou então gostavam de coisas meio bizarras, ou até mesmo, seguiram a moda, mas, nem sempre o que a moda diz é tão interessante ou as pessoas seguem porque é o que está se usando no momento e se esquecem do bem estar. Ou então se a modelo usa um bacalhau na cabeça as seguidoras e idólatras da moda também irão copiar. Entretanto, se não seguirem a moda, são tratadas como estranhas e ridículas. Mas quem foi que disse que pra ser descolado tem que seguir a moda, e gostar de coisas do momento?

A maioria das pessoas que seguem a moda acaba se arrependendo de determinadas escolhas que tomaram no passado. A verdade é toda a vez que nós tirarmos os álbuns dos baús, vamos nos ridicularizar, e provavelmente no futuro, irá olhar para as nossas fotos e rir de nós mesmo, ou nos arrepender de determinadas coisas.

Vamos voltar um pouquinho ao passado, ah umas duas décadas, as mulheres saiam nas ruas e se achavam um máximo com o cabelo estilo “gosto muito de você leãozinho”. E todas as mulheres da época usavam, e amavam. Hoje, provavelmente todas as mulheres se olhariam e falariam: “OMG, COMO EU PUDE USAR ISSO?!”. Na época era uma sensação, hoje, duvido que alguém teria a coragem de sair desse jeito nas ruas, depois de inventarem a chapinha. Mas o que muitas garotas não fazem pela moda? A maioria das pessoas não sabe filtrar em uma peneira o que é bom e o que é ruim. O que sai na mídia, elas usam porque querem estar na moda. Eu era um bom exemplo disso.

Eu sempre fui escrava das modinhas, o que a maioria das garotas é nos dias de hoje, bom na verdade eu era. Eu já fui pagodeira, cafona, sem estilo, emo, nerd, criança, tiete de rbd, poser, cocota, funkeira e tudo e qualquer coisa que hoje eu acho um lixo. Eu posso dizer que meu passado realmente me condena. Hoje eu estou mais sossegada quando se trata de estilo. E sabe aquele ditado: “diga-me com quem andas e te direi quem és”? É a mais pura verdade, posso dizer que minhas amigas sempre me influenciaram quando se trata de estilo. Cortei meu cabelo de forma estranha, passei a ouvir pagode/stronda/rebelde/hsm e tudo e qualquer modinha. Tudo o que hoje eu recrimino, e se colocar na minha frente eu ateio fogo!

Já tentei seguir a moda e acabei me atrapalhando, tirava fotos horríveis, era sem graça, e uma completa Maria vai com as outras. Já tirei muita foto na frente do espelho, não sabia passar maquiagem, cortei meu cabelo em camadas e ele ficou parecendo uma juba, fiz mechas com descolorante, usava roupas e sandálias ridículas, sabe aquelas plataformas de salto de madeira? Pois é eu usava aquilo,e me sentia a gata, e não tenho vergonha de assumir a capenga que existia dentro de mim. Nem tenho vergonha de dizer que eu era uma favelada de mão cheia, ouvia funk, e me sentia a gata com aqueles corpetes com bojo, dizia que amava musicas dramáticas de fundo de poço, fui poser de rebelde, high school musical, crepúsculo, e amava revistas de adolescentes como a Toda Teen. Tentei ser fake, tentei ser cocota, tentei ser emo, mas hoje continuo sem um estilo definido. Tentava ser pop, e quanto mais tentava mais me atrapalhava. Hoje eu estou bem, como disse anteriormente, e deixei de lado o modismo que eu gostava tanto. Deixei de ser uma adolescente normal, e passei a ser uma ‘velha’ na frente das minhas amigas só porque eu não curto restart, cine, e o justin bieber.

Enfim, o que eu posso fazer se o resto do mundo condena as pessoas diferentes? Só porque todos estão sempre ditando o que eu devo ou não vestir eu vou ser ridícula por bancar a pirracenta e não obedecer? Por ser diferente, às vezes sou julgada de ridícula, velha e blá blá blá. Mas o que é que tem? Eu deixei de me importar com isso. Afinal, eu já passei por tudo isso e o que eu fiz foi por puro modismo. Nem sempre somos estranhos só porque não gostamos da maioria, afinal, é tão mais legal ser diferente do que ser igual a todos os outros, é tão falta de originalidade. Bom, pelo menos é o que eu acho.

Enfim, já como não tenho vergonha de dizer que eu estou bem melhor do que antes, eu vou postar um antes e o depois, se divirta com a minha desgraça.


O que eu sou HOJE:
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O QUE EU ERA:

3 comentários:

Maria Luisa disse...

É cada coisa que a gente faz né? Muitas vezes olhamos pra trás e dizemos: WTF? rsrs

Bom, desculpe vir aqui, mas venho te convidar para participar do Projeto Sílaba Tônica. Contamos com a sua participação.
http://asilabatonica.blogspot.com/

Umrae disse...

Eu já gostei de muita coisa que hoje eu acho uma porcaria, mas não tenho vergonha disso não. Foram escolhas que eu mesma fiz e experiências que eu quis ter. Não fazia porque os outros achavam apropriado (e, inclusive, que iam contra o que minhas amigas gostavam). Ninguém é obrigado a nascer já com uma definição clara de estilo individual nem a saber tudo o que quer para o resto da vida. As pessoas mudam. Eu provavelmente vou continuar mudando algumas das minhas opiniões e gostos.
As pessoas esquentam a cabeça demais com isso e se policiam muito por nada... Acho que o importante é só assegurar-se de que as escolhas não sejam feitas por outros.

Anônimo disse...

Olá, conheça o projeto Entrelinhas e participe da nossa primeira edição (e das próximas também!).

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