Era mais um dia, tão normal quanto todos os outros. Saí apressada, como sempre, mas dessa vez era por um motivo diferente. Abotoei minhas sandálias rasteiras, queria parecer responsável, segura e feliz. Passei horas escolhendo a melhor roupa para que eu parecesse madura o suficiente para ele. Chequei tudo mais uma vez, queria que tudo estivesse em ordem para quando nós chegássemos. Seria uma noite espetacular, diferente e perfeita.
Corri em direção à porta, imaginando como seriam as próximas horas. Andava rápido, porém não parecia ser rápido o suficiente. Estava o fazendo esperar, não por muito tempo, mas parecia que era uma eternidade.
Até que cheguei ao lugar indicado, sentei-me em um sofá antigo, e fiquei por alguns longos minutos esperando. Por um momento pensei que ele não viria mais. Senti-me uma tola por achar que daria certo, por esperar tanto dele. Foi então que uma brecha se abriu na porta, e ele entrou na sala de forma acanhada. Eu sorri, indicando que eu era quem tanto o aguardava. Caminhei lentamente até ele, e estendi minhas mãos. Então ele me olhou profundamente nos olhos, e me abraçou longamente. Repetiu as palavras que eu tanto desejava ouvir: Mamãe. Mesmo eu não tendo gerado em meu ventre, naquele momento ele havia se tornado meu filho de coração.
Um comentário:
Layla
Texto emcionante e muito lindo. Boa sorte!
Aproveito para te avisar que indiquei você para receber o selo de qualidade do projeto Creativité .
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Beijos
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