sexta-feira, 7 de janeiro de 2011


Era mais um dia, tão normal quanto todos os outros. Saí apressada, como sempre, mas dessa vez era por um motivo diferente. Abotoei minhas sandálias rasteiras, queria parecer responsável, segura e feliz. Passei horas escolhendo a melhor roupa para que eu parecesse madura o suficiente para ele. Chequei tudo mais uma vez, queria que tudo estivesse em ordem para quando nós chegássemos. Seria uma noite espetacular, diferente e perfeita.
Corri em direção à porta, imaginando como seriam as próximas horas. Andava rápido, porém não parecia ser rápido o suficiente. Estava o fazendo esperar, não por muito tempo, mas parecia que era uma eternidade.
Até que cheguei ao lugar indicado, sentei-me em um sofá antigo, e fiquei por alguns longos minutos esperando. Por um momento pensei que ele não viria mais. Senti-me uma tola por achar que daria certo, por esperar tanto dele. Foi então que uma brecha se abriu na porta, e ele entrou na sala de forma acanhada. Eu sorri, indicando que eu era quem tanto o aguardava. Caminhei lentamente até ele, e estendi minhas mãos. Então ele me olhou profundamente nos olhos, e me abraçou longamente.  Repetiu as palavras que eu tanto desejava ouvir: Mamãe. Mesmo eu não tendo gerado em meu ventre, naquele momento ele havia se tornado meu filho de coração.

Um comentário:

Vida e arte disse...

Layla
Texto emcionante e muito lindo. Boa sorte!

Aproveito para te avisar que indiquei você para receber o selo de qualidade do projeto Creativité .

O selo está aqui:

http://recantodaescritaacores.blogspot.com/2011/01/selo-de-qualidade-do-projeto-creativite.html

Passe lá para pegar e parabéns

Beijos